Há uns 2 meses atrás o Rio de Janeiro foi assolado por um movimento muito interessante.
Seu slogan dizia: "Não. Vai. Ter Copa!"
Era uma frase fácil de pronunciar, e com boa sonoridade.
Geralmente a expressão vinha acompanhada de ações violentas, visando desencorajar aqueles que pretendiam participar, de alguma forma, daquele grande evento: a realização de uma Copa do Mundo no Brasil, depois de 64 anos.
As ações dos adeptos eram violentas. As da Polícia também. Venceu a força bruta. Houve Copa.
Alguns simpatizantes do Não vai ter Copa observaram que o movimento iniciou tarde demais, quando as passagens já estavam compradas, vagas em hotéis reservadas, check-in de voos concluídos com sucesso e as obras dos estádios na reta final.
Seria só uma questão de timing?
Ou os manifestantes buscavam somente visibilidade na midia?
A v isibilidade foi conseguida.
Quanto à primeira questão, está na hora certa de esclarecermos.
Se não haveria Copa, pelas mesmas razões não pode haver Olimpíadas.
E, se alguém acredita sinceramente que não vai haver, o momento de declarar é agora.
Se começar nesta semana um movimento forte, organizado, obstinado e talvez com menos violência que o anterior, fica muito simples convencer os brasileiros de que não haverá Olimpíada.
Convencidos os brasileiros, o restante do mundo se resignará naturalmente, sem transtornos. Países alternativos há muitos, e há bastante tempo para replanejamento.
Haverá Olimpíada?